Como será o comprador no futuro tecnológico?
A função de Compras, nos últimos anos, passou por uma profunda transformação, deixando de coletar informações sobre necessidades e realizar compras, para um departamento de compras orientado a produtos, ou seja, realizar compras de maneira mais inteligente, mais sustentável e com o uso de ferramentas tecnológicas que permitam encontrar fornecedores que atendam a requisitos que vão além do valor do produto ou serviço.
Com o crescimento de tecnologias inovadoras, como Big Data, machine learning e inteligência artificia (IA), ampliam-se as possibilidades de negócios, mas também a necessidade de garantir que a sustentabilidade seja considerada para a realização desses negócios, afinal, o cliente está cada vez mais exigente para entender a origem dos produtos adquiridos e como as empresas abordam estratégias de responsabilidade social.
Esse movimento de mercado deve aumentar ainda mais nos próximos anos.
"Até 2021, o investimento em Inteligência Artificial e Machine Learning deve crescer 46,2% anualmente, totalizando U$S 52 bilhões", segundo pesquisa recente da consultoria IDC.
No caso do setor de compras, o crescimento significa mais espaço para implementar ferramentas e soluções que otimizem o tempo gasto com processos manuais e criem uma cultura mais estratégica de organização das transações, gerenciamento de fornecedores, gestão de riscos e, principalmente, de análise de dados. O foco é traçar perfis mais corretos de seus clientes e até prever comportamentos para tomadas de decisões mais assertivas.
E como se capacitar?
Para se qualificar, os profissionais de compras podem buscar cursos (muitos deles são remotos) que ofereçam especialização na área. É a possibilidade de ampliar o conhecimento, dar um upgrade no currículo e aumentar a chance de boas contratações ou promoções no segmento. Além de aulas que tratem especificamente de aprendizagem de máquina, pode ser interessante se aprofundar em temas como álgebra linear, cálculo, probabilidade e estatística.
Outro caminho é se atualizar por meio de literatura especializada. Hoje, existem muitos materiais publicados, que abordam os temas de Machine Learning e IA. Essas leituras oferecem uma visão mais ampla de como o uso da tecnologia pode ser benéfico em vários sentidos e pode fornecer insights interessantes para o profissional.
E enquanto buscamos novas maneiras de melhorar os processos e qualificações para aumentar a competitividade, o sourcing estratégico traz uma abordagem que ajuda a reduzir significativamente os custos, tendo como base o Custo Total de Propriedade (TCO), que permite construir um valor sustentado por meio do relacionamento com fornecedores e redução de gastos por categoria.
E o que seria este sourcing estratégico?
É um processo realizado para reduzir os custos totais de aquisição de materiais, produtos e serviços, mantendo ou melhorando a qualidade e os níveis de serviço e tecnologia. Ele é projetado para:
• Impulsionar a redução no custo total
• Ter um maior entendimento em relação à cadeia de suprimentos e requisitos internos
• Desenvolver uma abordagem de Compras mais inteligente
• Melhorar os resultados e agregar valos aos negócios
Esse processo começa com a análise de gastos e o gerenciamento de categorias. Assim é possível identificar, consolidar e padronizar informações relevantes vindas de diversas fontes.
E o que tudo isso significa?
Hoje, os profissionais de Compras estão cada vez mais pressionados a entregar um maior desempenho comercial que agregue valor aos negócios. Isso exige um maior alinhamento do departamento com a estratégia corporativa e uma maior integração com stakeholders e com fornecedores.
Por meio da tecnologia, as empresas criam oportunidades de realizar Compras mais estratégicas e conseguem promover iniciativas de sustentabilidade que abrangem toda a cadeia de suprimentos.
Lembre-se que para que tudo isto funcione de forma eficiente e eficaz, é fundamental que os processos estejam bem definidos e desafiados. Não automatize os desperdícios!